Uma das principais lideranças do PMDB na Assembleia Legislativa, o
deputado estadual Nélter Queiroz admitiu hoje, pela primeira vez, a
possibilidade de o PMDB abdicar de indicar o candidato a governador nas
eleições do ano que vem. A hipótese levantada pelo peemedebista
contraria declarações das principais lideranças do PMDB, que defendem
abertamente, desde o rompimento com o governo Rosalba Ciarlini, no final
de julho, o lançamento de um nome da legenda para a sucessão
governamental.
O deputado Nélter Queiroz considera a probabilidade de o PMDB apoiar a
candidatura do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), ao
governo do Estado. Neste cenário, o parlamentar defende que, ao apoiar
um nome de outro partido para o governo, o PMDB indique o candidato ao
Senado na chapa. “Se o PMDB não lançar candidato a governador, não pode
deixar de indicar o candidato a senador”, diz.
“Vamos admitir a hipótese de que Carlos Eduardo seja candidato a
governador. Nesse caso, o PMDB indica o senador”, propõe Nélter, se
furtando, todavia, a apontar nomes do partido para essa candidatura.
“Não é época de avaliar nomes, mas não podemos deixar de indicar”,
salienta.
Segundo Nélter Queiroz, admitido o apoio do PMDB à candidatura de Carlos Eduardo, haverá natural composição com o PSB, liderado no estado pela ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria. Nesta hipótese, além de assumir a Prefeitura, o PSB lançaria a candidatura da deputada estadual Márcia Maia para deputada federal. “Vamos admitir uma composição. Carlos para governador, Wilma assume a Prefeitura, bota Márcia pra federal, e vem o PMDB para o Senado”, cogita.
Nélter Queiroz lembra que o PMDB é um partido forte no Rio Grande do
Norte, atualmente com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o
ministro da Previdência, Garibaldi Filho, um senador da República,
Garibaldi Alves, cinco deputados estaduais – além de Nélter, o líder
Walter Alves, Hermano Morais, Gustavo Fernandes e Ezequiel Ferreira -,
mais de 50 prefeitos e de 300 vereadores. “O PMDB é um partido forte. Se
não puder indicar o governo, indica o Senado”, opina.
JH