Do G1 RN
Maria Dulcineia da Silva, de 35 anos, tem 1,20 metro de altura e está grávida há 6,5 meses de trigêmeas. Desempregada, a mulher mora em Parnamirim, cidade da Grande Natal, mas há duas semanas vive na Maternidade Escola Januário Cicco, na capital, onde tem recebido alimentação adequada e acompanhamento médico. Para ela, foi uma surpresa descobrir que estava gestante de três meninas. “Pensei que o médico estava brincando comigo”, conta.
Maria Dulcineia está fazendo exames constantes de ultrassom para verificar o estado de saúde dos fetos. A gestação trigemelar é rara entre anãs, ainda mais quando a mulher engravida de forma natural. Além do fato de Maria Dulcineia esperar trigêmeos, seu nanismo e a idade considerada avançada para ser mãe tornam a gestação ainda mais arriscada.
A ginecologista Patrícia Fonseca diz que a gravidez da paciente é de alto risco porque não há espaço no ventre dela para os bebês poderem crescer. Mas, de acordo com a enfermeira Alane Matos, que tem monitorado o quadro de Maria Dulcineia, a gravidez não apresentou nenhuma complicação até o momento e os bebês estão saudáveis.
Para piorar ainda mais a situação da mãe, o pai das crianças foi embora e Maria Dulcineia também não tem contato com familiares – ela não tem notícias de seus pais biológicos nem do casal que a adotou. Atualmente, a mulher se mantém com doações de pessoas que se sensibilizam com sua história.
“Eu vivia só, mas agora tenho três para cuidar e me acompanhar para o resto da vida”, disse.