O Ministério da Educação (MEC) estuda adotar um formato online para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova também passaria a ser aplicada mais vezes por ano, em vez de uma única edição presencial, como acontece hoje. As mudanças, no entanto, ainda precisam ser formalmente repassadas à presidente Dilma Rousseff antes de serem aprovadas.
Em entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo, o atual ministro da Educação, Cid Gomes, disse estar empenhado para apresentar a ideia à Presidência e para adotar o novo modelo ainda durante seu período à frente da pasta, ou seja, antes do fim de 2018. No entanto, não existe um projeto formal pronto. Segundo a assessoria de comunicação do MEC, ainda serão realizados estudos para descobrir o melhor formato para a prova.
Segundo Cid Gomes, a prova passaria a ser respondida em terminais de computadores, em locais credenciados para fazer o Enem. Ao invés de ser aplicado em apenas um fim de semana, o exame estaria disponível por mais dias, deixando a cargo do estudante a escolha pela melhor data.
O estudante também poderia fazer o Enem quantas vezes por ano desejasse e ficaria a cargo das instituições de ensino superior escolher quais edições seriam aceitas para o ingresso. O ministro defende que a primeira aplicação seja gratuita, paga pelo próprio governo. Nas demais, o pagamento da taxa de inscrição seria a cargo do estudante.
Outras provas no exterior, como o SAT Reasoning Test (teste de raciocínio, numa tradução livre) norte-americano – semelhante ao Enem brasileiro – também é aplicado mais de uma vez ao ano.