O prefeito de Patu, Rivelino Câmara, esteve em Natal na tarde desta terça-feira (17) para pedir auxílio ao Governo do RN no combate ao incêndio florestal que atinge um área de densa vegetação em Patu, no Oeste potiguar, desde a tarde de segunda-feira. Ao todo, mais 30 bombeiros foram enviados para a cidade nesta tarde para ajudar a debelar as chamas.
Segundo o prefeito, ficou acordado que será montado um gabinete de gestão de crise no Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, igreja que fica no alto da Serra do Lima, principal ponto turístico da região. "Nós chegamos a uma unificação das ações. O coronel Monteiro (comandante geral do Corpo de Bombeiros) vai para município para comandar pessoalmente as operações lá", disse.
Segundo o coronel Luiz Monteiro da Silva, comandante geral do Corpo de Bombeiros, o incêndio já é considerado de "grandes proporções" e está em uma situação crítica. "É um incêndio de grandes proporções, que já devastou uma área considerável. Nós estamos combatendo e fazendo o que qualquer outro Corpo de Bombeiros de todo o país faria, que é combater no corpo a copo, batendo o fogo literalmente pra isolar outras áreas, pra que elas não sejam queimadas. É assim que se combate incêndio florestal", disse.
Os 30 bombeiros vão ajudar no combate principalmente no turno da noite, quando aumenta a umidade, baixa a temperatura e diminui a intensidade dos ventos.
De acordo com o comandante geral, a dificuldade da operação neste momento está no acesso aos focos do incêndio. "O maior desafio é o acesso, que é muito difícil. A topografia é uma variável que dificulta muito o combate, uma vez que o acesso é dificultoso e a gente tem que ir a pé realmente. As viaturas não chegam nos locais onde poderíamos dar um combate mais efetivo e temos que combater realmente no corpo a corpo", explica.
No início da noite desta terça-feira, o prefeito Rivelino Câmara disse que o fogo estava a cerca de 60 metros do Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, na Serra do Lima.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros Luiz Monteiro da Silva diz que o uso do helicóptero neste momento seria ineficaz, já que, segundo ele, a tentativa por terra é a alternativa mais correta para combater um incêndio florestal. "O apoio aéreo nesse momento seria ineficaz. Um helicóptero para fazer um combate do plano elevado com o equipamento que se usa seria ineficaz. O combate terrestre é a forma mais eficaz de combater o incêndio florestal nesse tipo de topografia", frisou.
Desde segunda-feira (16), 14 militares do Corpo de Bombeiros e três viaturas de combate a incêndio tem atuado na tentativa de debelar as chamas. Policiais militares e equipes da prefeitura de Patu auxiliam nos trabalhos.