Os peritos compararam uma amostra da ossada com uma amostra colhida da mucosa da boca da mãe e confirmaram que os ossos eram do garoto. Ainda de acordo com o Itep, os técnicos ainda deverão fazer uma comparação com uma mancha de sangue encontrada em uma folha, no local onde a ossada foi encontrada.
Segundo o diretor geral do Itep, Marcos Brandão, o resultado do exame será acrescentado ao laudo sobre a morte de José Carlos. Ainda de acordo com ele, equipes ainda trabalham com antropologia forense para tentar identificar a causa da morte da criança. Os peritos analisam a ossada para tentar identificar possíveis fraturas, por exemplo.
De acordo com Brandão, a amostra do DNA da criança ainda ficou armazenada, para ajudar nas investigações, caso seja necessário. Ele não informou, porém, quando o corpo deverá ser liberado para a família fazer o sepultamento. "É um trabalho muito minucioso. O corpo vai ser liberado com o esgotamento de todos os exames que possam elucidar o caso", afirmou.
O diretor afirmou que as roupas encontradas junto ao corpo passaram por exame de luz forense, que pode identificar, por exemplo, manchas de sangue ou sémen. "Ainda não sei a resposta. Mas se algo foi encontrado, passará também por exame de DNA", afirmou.
A investigação feita pela Polícia Civil corre em segredo. Procurada pelo G1, a corporação informou que ninguém foi preso como suspeito pela morte da criança.
Corpo achado
Moradores da região faziam buscas pelo garoto, na manhã da quinta-feira (12), quando perceberam uma área de terra que estava mais funda, "fofa" e sob palhas. Segundo vizinhos, a camiseta no corpo era a mesma com a qual o menino foi visto pela última vez antes de desaparecer no dia 21 de outubro.
O corpo estava em uma área de matagal entre as comunidades da África, na Redinha, e Pajuçara, próxima à casa onde o menino morava. A polícia, os bombeiros e o Itep foram acionados ao local.
Desaparecimento
José Carlos foi visto pela última vez no dia 21 de outubro, próximo ao Rio Doce, Zona Norte de Natal, quando saiu de casa para levar um suco para o irmão que estava trabalhando no semáforo do cruzamento da Avenida João Medeiros Filho com a Avenida Moema Tinoco. Testemunhas que viram o menino afirmaram que ele estava andando por um caminho próximo a um matagal. A família registrou boletim de ocorrência no dia 22 de outubro.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passou a investigar o caso. Porém, sem respostas sobre o desaparecimento, familiares fizeram vários protestos cobrando agilidade e realizaram buscas por conta própria em áreas da região.
Buscas
No início de novembro, policiais civis e militares do Corpo de Bombeiros da Paraíba usaram cães farejadores para fazer buscas na região onde o menino foi visto pela última vez, mas nada foi encontrado.
Um dia antes do corpo ser encontrado, quando o desaparecimento completou três semanas, os familiares fizeram um novo protesto em Natal.
G1RN