A média de solicitações diárias de leito de UTI para pacientes com casos graves de Covid-19 caiu 85% entre os dias 28 de janeiro e 28 de fevereiro no Rio Grande do Norte.

Dessa forma, o estado começou o mês de março de 2022 com a menor quantidade de solicitações diárias de leito desde maio de 2020, no início da pandemia.

Na manhã desta quarta-feira (2), o estado registrava média móvel de nove pedidos de internação por dia - o dado leva em conta os números de solicitações dos 7 dias anteriores.

O número é o menor registrado desde o dia 5 de maio de 2020, segundo dados do sistema Regula RN, usado na administração dos leitos da rede pública. Ao longo da pandemia, a média chegou a alcançar 133 pedidos por dia, em maio de 2021.

A situação do início de março já é bem diferente em relação ao mês de janeiro de 2022, quando o estado voltou a registrar alta de internações.

Em apenas 24 horas, no dia 28 de janeiro, o estado registrou 96 solicitações de leitos de UTI da rede pública para pacientes com Covid-19. A média móvel era de 82 pedidos por dia. O estado vivia mais uma onda de alta de casos da doença - não registrava um número tão alto de pedidos desde junho de 2021.

Porém, o número de solicitações caiu ao longo do mês de fevereiro e, no último dia 28, foram apenas 8 solicitações (com média móvel de 12).

Por volta das 10h40 desta quarta-feira (2), o estado registrava uma taxa de ocupação de 31% dos leitos e havia apenas um paciente à espera de uma UTI. Ao todo, havia 54 pacientes internados com a Covid-19 no estado, 11 internados em leitos com outras doenças respiratórias como gripe, e 107 leitos disponíveis para novos pacientes.

A redução das internações é reflexo da redução de casos da doença no Rio Grande do Norte. Entre a primeira quinzena e a segunda quinzena de fevereiro, o estado registrou uma redução de 37% no número de notificações de testes positivos para a Covid-19.

Cerca de 79% do público potiguar tomou as duas doses da vacina contra Covid-19. Ao falar sobre a redução de casos da doença no estado, o médico epidemiologista Ion Andrade atribuiu o momento a alguns fatores.

"Como toda pandemia, ela nunca fica em definitivo, vai ter um momento em que ela declina e acho que esse declínio está relacionado com as boas coberturas vacinais e com os cuidados que as pessoas vêm tomando. Além do fato de que a própria explosão de casos em decorrência da ômicron também produz uma imunidade natural que é capaz de ajudar frear o ímpeto dessa variante", disse à Inter TV Cabugi.

g1RN

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