O Ministério da Defesa entregou nesta quarta-feira (9) ao Tribunal Superior Eleitoral o relatório que fez do sistema eletrônico de votação. No documento, o ministério informa que não investigou crimes eleitorais e pede ao TSE que analise dois pontos.

O primeiro é que, segundo o relatório, o acesso à rede durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas - os códigos binários - pode configurar risco à segurança do processo. O segundo ponto se refere aos testes de funcionalidade, realizados por meio do teste de integridade e do projeto-piloto com biometria.

Segundo o documento, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento. O ministério pediu que a Corte atenda a sugestão dos técnicos militares de realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento da compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos e de promover a análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas.

Esses dois pontos contrariam frontalmente as conclusões das demais entidades fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União e a Ordem dos Advogados do Brasil, que atestaram que o processo eleitoral é seguro e imune a qualquer vício. A integridade do processo eleitoral brasileiro também foi atestada por inúmeros observadores internacionais.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, disse, em nota, que recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral deste ano.

Moraes afirmou ainda que as sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas, que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional e que as eleições deste ano comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos.

g1

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