Antes de viajar a Brasília para tentar a liberação de recursos até o fim do prazo previsto pela legislação eleitoral (3/julho), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade), desfez dúvidas quanto ao seu apoio a uma pré-candidatura ao governo do Estado e confirmou, ontem, que votará e apoiará no pré-candidato do seu partido à sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT).
"Já externei que o partido tem um candidato, que é Fábio Dantas, a gente conhece Fábio, fui deputado com a esposa Cristiane Dantas juntamente o deputado Kelps Lima dois anos, eu voto em Fábio, já tinha colocado e reforço isso, vamos votar e dar apoio a Fábio na cidade de Mossoró", destacou Allyson Bezerra.
O prefeito de Mossoró deixou em aberto o apoio a uma pré-candidatura para senador da República, depois de ter anunciado que votaria no ministro Fábio Faria (Comunicações) até ele abrir mão da disputa para o ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL).
Porém, Bezerra insinua que “está encaminhando” para apoiar Rogério Marinho, pois a exemplo do ministro das Comunicações que liberou cerca de R$ 50 milhões para o município, o pré-candidato a senador do Partido Liberal já foi a Mossoró, mandou recursos e equipamentos, e que “mesmo fora do ministério, com a força que tem”, deverá levar outros benefícios para o município.
Allyson Bezerra disse que ao voltar de Brasília vai se reunir com o seu grupo político, inclusive com a bancada de 13 dos 23 vereadores mossoroenses que lhe dão sustentação política na Câmara Municipal de Mossoró, para decidir quem poderá apoiar para senador.
A respeito da campanha presidencial, o prefeito mossoroense declarou que vai se manter neutro, porque é uma eleição em que o gestor municipal tem pouca influência junto aos eleitores. “Presidente, votam por identidade e por ideologia muito própria, eu acho que não é qualquer um que consegue mudar o voto”, disse ele, esperando que após a eleição presidencial, “o país pais saindo desse momento de muito acirramento político, as eleições vão passar, e que quem ganhar as eleições, entenda e saia dessa turbulência que estamos vivendo”.
Com apenas um ano e meio de mandato, Allyson Bezerra também afirmou que sua preocupação em 2021 era ajustar a gestão municipal, que encontrou em crise – salários de servidores efetivos e terceirizados atrasados, bem como fornecedores.
Agora, no segundo semestre, ele disse que poderá focar na campanha eleitoral e colaborar com o partido para ampliar de três para quatro o número de deputados na Assembleia Legislativa e ajudar a eleger dois deputados federais.
Allyson Bezerra reafirmou que vai apoiar o presidente da Câmara, vereador Lawrence Amorim, para deputado federal e o ex-vereador Soldado Jadson, para deputado estadual. “Eu poderia ter colocado uma pessoa que tinha simpatia natural do grupo, minha esposa, mas não estou fazendo da política o que combati, criar um sistema político familiar”, disse.
Para o prefeito, “não adiantava trabalhar em algo, pensando em outra coisa”, o seu estilo é de focar “em algumas coisa, aquilo que é no tempo de focar, tudo a seu tempo”.
Assim, segundo o prefeito, até a sexta-feira (1° de julho), espera anunciar e emitir ordens de serviços para diversas obras em Mossoró, com a liberação de recursos em Brasília, onde permanece até a quinta-feira (30), quando segue para Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), e onde fica até o dia 4 de julho, conhecendo os eventos juninos com a finalidade de melhorar o “Mossoró Cidade Junina”, já considerado um sucesso como primeiro grande evento do seu mandato depois da interrupção ocasionada pela pandemia de Covid-19.
“Parlamentares que estão mandando recursos estamos agradecendo”, acrescentou ele, como é o caso da senadora Zenaide Maia (PROS), que mesmo não sendo sua aliada, enviou R$ 1 milhão para construção de uma unidade básica de saúde; o senador Styvenson Valentim (Podemos), R$ 3 milhões para cirurgias eletivas.
Allyson Bezerra criticou o deputado Beto Rosado (PP), dizendo que destinou recursos “em anos passados, quando tinha familiares no poder, mandando porque era a tia, mas a cidade hoje continua a mesma”.
Tribuna do Norte